Uso de Fitoterápicos e Plantas Medicinais na Prática Clínica
Aceitação pela Comunidade Médica
DOI:
https://doi.org/10.4322/2675-133X.2022.002Palavras-chave:
medicina alternativa, fitoterápicos, plantas medicinais, educação médicaResumo
As plantas medicinais e os fitoterápicos vêm sendo utilizados pela população para diversos fins terapêuticos. Devido ao seu crescente consumo, em 2006 o Sistema Único de Saúde (SUS) passou a incluir o uso dessas terapias às suas práticas integrativas. Desde então, elas podem ser receitadas pelos médicos, porém muitos ainda relutam em aceitar essa indicação. O objetivo deste estudo foi identificar quais plantas ou fitoterápicos são utilizados na saúde, analisar a frequência com que são indicados pelos médicos e os motivos pelos quais não indicam. O estudo tem caráter descritivo e transversal, com abordagem quantitativa e qualitativa, desenvolvido com 21 médicos da cidade de Ponte Nova, MG. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário semiestruturado. Os dados quantitativos foram analisados por estatística descritiva através do software Excel. Entre os médicos entrevistados, cerca de 70% conhecem os fitoterápicos ou as plantas medicinais. Somente 38% utilizam para o próprio consumo e 47% prescrevem para seus pacientes. Dentre os entrevistados formados até 2008, metade realiza a prescrição. Já os formados a partir de 2009, apenas 40% prescrevem. As principais indicações foram: Valleriana officinalis L., Passiflora sp, Ginkgo biloba L. e Hedera helix L. Dessa maneira, percebe-se que o uso das plantas medicinais e dos fitoterápicos ainda é restrito. Tal fato é justificado, principalmente, pela falta de pesquisas e conhecimento na área. Portanto, os profissionais da saúde devem receber formação sobre o assunto, para incluir a medicina alopática de forma eficaz, aumentando o seu uso e o conhecimento sobre essa prática.