Fitoterapia
Toxicidade e desinformação
DOI:
https://doi.org/10.4322/2675-133X.2022.044Palavras-chave:
Hepatotoxicidade, fígado, hepatócitos, xenobióticos, fitoterapia, plantas medicinaisResumo
O uso de plantas para o tratamento de doenças é uma prática antiga e que continua presente na sociedade até os dias atuais, cenário comprovado pelas políticas implementadas para a inserção da Fitoterapia na saúde pública. Porém, as plantas medicinais podem ser tóxicas, considerando seus princípios ativos, de modo que, esse é um assunto relevante, dada a frequência e aumento da sua utilização, e a falta de conhecimento, por parte da população, acerca dos perigos decorrentes do uso irregular desses compostos. Por essa razão, esse trabalho tem como objetivos: descrever os princípios ativos das principais plantas medicinais utilizadas no Brasil, compreender o mecanismo relacionado à hepatotoxicidade e apresentar os efeitos adversos e os riscos do uso indiscriminado desses fitoterápicos. Trata-se de um estudo narrativo, realizado por meio do acesso aos bancos de dados SciELO e PubMed, através das seguintes palavras chaves: Hibisco, Erva cidreira, Cavalinha, Sacaca, Chá verde, Kava-Kava, Porangaba, Valeriana, Unha de Gato, Poejo e Cáscara Sagrada, e associação com as lesões hepáticas. Os princípios ativos dos fitoterápicos, citados anteriormente, são diversos, de modo que podem ser utilizados para várias finalidades. No entanto, o uso indiscriminado desses compostos mostrou potencial hepatotoxicidade, visto que o fígado é o órgão responsável pela metabolização dos xenobióticos. Diante disso, é imprescindível promover maior disseminação das informações acerca do uso dos fitoterápicos para a população, bem como é necessário ampliar o entendimento sobre os possíveis efeitos adversos, inclusive entre os profissionais da saúde, para evitar complicações decorrentes da má administração.
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