Avaliação temporal da leptospirose e os índices de precipitação nas capitais do sudeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.4322/2675-133X.2022.043Palavras-chave:
Doença negligenciada, saúde pública, doença infecciosa, leptospiroseResumo
O objetivo do presente estudo foi avaliar os casos de leptospirose nas capitais do Sudeste do Brasil, entre 2007 e 2016, associando a fatores como, precipitação mensal, índices de saneamento básico e índices de domicílios em risco de alagamento e rede de esgoto. Os dados foram coletados em diferentes portais governamentais, Sistema de Informações de Notificações e Agravos, Instituto Nacional de Meteorologia, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. A variação dos dados entre as capitais e os anos foi avaliada através de estatística descritiva. E a relação entre os fatores determinantes e a leptospirose foi estimada através de Correlação de Pearson. A capital com maior média mensal de casos foi São Paulo (19,8 casos). Em todas as capitais, os meses com maiores valores de leptospirose foram dezembro, janeiro, fevereiro e março. Foi encontrada uma relação forte e positiva entre a média de precipitação e as notificações de leptospirose (r = 0,72; p <0,05). Apesar dos demais fatores apresentarem relações fracas com a leptospirose, é importante destacar que capitais como o Rio de Janeiro apresentam valores altos da doença, apesar do baixo índice pluviométrico quando comparado a outras capitais. Assim, outros fatores como, esgotamento sanitário e quantidade de domicílios em situação de risco poderiam contribuir para o elevado número de casos da doença. Dessa forma, a precipitação mostrou ser um fator explicativo para o número de casos de leptospirose, podendo ser considerado um indicador, que permita a realização de ações que visem a organização do setor de saúde para os possíveis casos de leptospirose.
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