A COVID-19 E A SAÚDE MENTAL DE ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR
Francinele Leal Bordoni e Marcela Mansur Gomides Lima. A Covid-19 e a saúde mental dos estudantes do ensino superior. Revista Ciência Dinâmica, vol. 14, núm. 1, 2023. Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga.
CIÊNCIA DINÂMICA – Revista Científica Eletrônica FACULDADE DINÂMICA DO VALE DO PIRANGA
23 ª Edição 2023 | Ano XIV – nº 1 | ISSN – 2176-6509
DOI: 10.4322/2176-6509.2023.005
1º semestre de 2023
A Covid-19 e a Saúde Mental dos Estudantes do Ensino Superior
Covid-19 and the Mental Health of Higher Education Students
Francinele Leal Bordoni1*, Marcela Mansur Gomides Lima2,
1Discente do Curso de Psicologia da Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga. ORCID: 0009-0004-7341-1959
2Professora de Psicologia da Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga. Doutoranda da Universidade Federal de Viçosa. ORCID: 0000-0003-3172-8320.
*Autor correspondente: francinelebordoni36@gmail.com.
Resumo
Com o surgimento da Covid-19, medidas de prevenção foram propostas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para inibir a disseminação da doença em diversos países pelo mundo. Dentre as medidas estava o isolamento social que trouxe mudanças na metodologia de ensino de diversas instituições e na vida dos estudantes universitários. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi identificar na literatura nacional, quais e como as pesquisas apresentam as principais consequências da pandemia da Covid -19 na saúde mental de estudantes do ensino superior e as principais formas de enfrentamento. Para isso, foi realizada uma revisão integrativa de literatura a partir das bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Após análise dos estudos levantados, selecionou-se 42 estudos elegíveis que foram tabulados através do Software Excel. De acordo com os conteúdos encontrados, o isolamento social afetou a vida e a rotina dos estudantes. Eles tiveram que adaptar-se ao ensino à distância e lidar com a falta de contato social com amigos e familiares. Gerou-se impactos negativos como o medo de morrer ou de ser contaminado, medo de perder algum ente querido, desesperança, solidão e pensamentos suicidas. Esses fatores contribuíram ainda mais para o adoecimento mental e o surgimento de sintomas e doenças psicológicas como a depressão, ansiedade e estresse na população acadêmica. Estratégias foram elaboradas pelas instituições de ensino e pelos próprios alunos para auxiliarem no enfrentamento dos impactos gerados pela pandemia na saúde mental.
With the emergence of Covid-19, prevention measures have been proposed by the World Health Organization (WHO) to inhibit the spread of the disease in several countries around the world. Among the measures was the social isolation that brought changes in the teaching methodology of several institutions and in the lives of university students. Thus, the objective of the present study was to identify in the national literature, which and how the research presents the main consequences of the Covid-19 pandemic on the mental health of higher education students and the main ways of coping. For this, an integrative literature review was carried out from the databases Virtual Health Library (VHL) and Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES). After analyzing the studies surveyed, 42 eligible studies were selected and then tabulated through Excel Software. According to the contents found, social isolation affected the life and routine of the students. They had to adapt to distance learning and deal with the lack of social contact with friends and family. Negative impacts such as fear of dying or being contaminated, fear of losing a loved one, hopelessness, loneliness and suicidal thoughts were generated. These factors have further contributed to mental illness and the emergence of psychological symptoms and illnesses such as depression, anxiety, and stress in the academic population. Strategies were developed by educational institutions and students themselves to help cope with the impacts generated by the pandemic on mental health.
Em dezembro de 2019, a Organização Mundial de Saúde (OMS) foi notificada pelas autoridades chinesas sobre o surgimento de um tipo de vírus na cidade de Wuhan, o qual desencadeou o Coronavírus Disease 2019 ou Covid-19. A doença é uma síndrome respiratória aguda que se espalha principalmente por gotículas de saliva e contato direto com pessoas infectadas pelo vírus. Após a descoberta, o número de casos aumentou rapidamente se espalhando por todas as regiões do planeta, e consequentemente fazendo vítimas fatais. A OMS então declarou situação de pandemia, e aconselhou os países a tomarem medidas de prevenção para inibir a disseminação da doença (MANICA, 2021).
Dentre as medidas propostas estava o isolamento social que consiste na permanência do indivíduo em sua residência, assim evitando o contato físico com outras pessoas que possam estar infectadas pela doença. No Brasil, tal medida se tornou necessária para evitar um colapso no sistema de saúde, uma vez que o número de casos estava aumentando rapidamente e os hospitais não tinham infraestrutura adequada para receber tantos pacientes. Contudo, tal medida, provocou um impacto na rede de educação pública e privada do país, na qual foi preciso adaptar as atividades pedagógicas que antes eram presenciais para o modelo à distância, o que resultou na sobrecarga de atividades acadêmicas e o adoecimento mental de vários estudantes, em especial de alunos do ensino superior (ESTEVES et al; 2021).
Os estudantes que estão ingressando no ensino superior, boa parte deles, estão em uma transição da adolescência para a vida adulta, o que é caracterizada por mudanças como o final do ensino médio e o início da faculdade. A partir daí, começam a surgir desafios que aparecem no início, meio e fim da graduação. Entre os desafios tem-se estressores que, se caracterizam pela dificuldade de aquisição de materiais acadêmicos, falta de motivação para os estudos e carreira, excesso de atividades, desentendimento com colegas de grupo e professores, apresentação de seminários, entre outros. Esses fatores podem estar ligados diretamente ao adoecimento mental do estudante (BRANDTNER & BARDAGI, 2009). Além disso, é possível afirmar que o momento de pandemia tenha contribuído para o aumento do adoecimento por desencadear nas pessoas momentos de incerteza, insegurança e medo em relação ao futuro, o que gerou nos estudantes o surgimento e o aumento dos sintomas de ansiedade e depressão (ROCHA et al; 2021a).
Em estudo feito por Maia & Dias (2020) para analisar estudantes universitários portugueses utilizou-se amostras recolhidas no ano de 2018 e 2019 antes da pandemia, e amostras recolhidas após seu o início, constatou-se um aumento significativo do adoecimento mental nos estudantes na pandemia se comparado com o período anterior.
Silva et al. (2020) realizou um estudo de estudantes de medicina de Marabá no Pará, e constatou que 14,3% deles apresentaram ansiedade, 1,1% depressão, 4,4% os dois quadros e 1,6% algum outro problema psíquico, apresentando um percentual alto de 21,4% dos discentes que apresentam algum transtorno mental. Assim, pensa-se que o bem-estar mental desses estudantes de medicina é um fator preocupante, devido ao elevado índice de adoecimento.
O estudo de Teixeira, Tavares & Barbosa (2021) feito em instituições de ensino superior de Alagoas, mostrou uma média de 13,6% de depressão e 15,5% de ansiedade. Essa pesquisa também relacionou essas patologias com a prática de atividade física durante o isolamento social, mostrando que praticar exercícios físicos pode diminuir o nível de gravidade dessas doenças, tendo menos duração e prevalência dos sintomas, além de oferecer ótimos benefícios para a saúde física.
Contudo, percebe-se uma vulnerabilidade maior dos estudantes do ensino superior ao sofrimento psíquico devido à rotina intensa da faculdade e os efeitos causados pela pandemia da Covid-19 (TEIXEIRA, TAVARES & BARBOSA, 2021).
Diante das estatísticas apresentadas e das mudanças ocorridas na vida do aluno do ensino superior na pandemia, surgem as seguintes questões que norteiam esta pesquisa: Quais e como as publicações contidas na literatura científica brasileira apresentam os principais fatores associados ao adoecimento psíquico de estudantes do ensino superior no período de pandemia? Quais os principais sintomas psicopatológicos presentes?
Apesar de pesquisas já realizadas e esforço científico sobre a temática, nota-se a necessidade de aprofundamento nos estudos sobre o adoecimento psíquico de estudantes de nível superior na pandemia, para que sejam levantados dados produzidos até o momento, e propostas ações de melhoria que contribuam para a compreensão do universo pesquisado.
Tendo isso, nosso principal objetivo foi identificar na literatura nacional, quais e como as pesquisas apresentam as principais consequências da pandemia da Covid -19 na saúde mental de estudantes do ensino superior e as principais formas de enfrentamento.
Para alcançar o objetivo proposto, foi realizado um estudo de revisão bibliográfica utilizando o método de revisão integrativa de literatura com enfoque quantitativo e qualitativo.
Para colocar o estudo em prática, foram seguidas as seis fases do processo de elaboração da revisão integrativa. A primeira consiste na elaboração de uma pergunta norteadora para embasar o estudo; segunda a busca por bibliografias relacionadas ao tema; a terceira foi a definição de dados para serem estudados; a quarta foi feito uma análise crítica dos dados coletados; a quinta os resultados e discussões; e por último uma apresentação da revisão integrativa (SOUZA, SILVA & CARVALHO 2010).
A seleção do material foi realizada no mês janeiro de 2023 no qual utilizou-se as bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Os descritores foram usados nas seguintes combinações: Depressão and Estudantes and Pandemia; Ansiedade and Estudantes and Pandemia; Estresse and Estudantes and Pandemia; Saúde Mental and Estudantes Universitários and Covid-19.
Para a seleção dos artigos, filtramos de acordo com o período de publicação entre os anos de 2020 a 2022; e idioma em português. Como critério de inclusão foram selecionados os artigos com acesso disponível na íntegra e estudos relacionados à saúde mental de estudantes universitários na pandemia da Covid-19.
Por sua vez, como critérios de exclusão foram descartados artigos de revisão, em preprint, duplicados, artigos que tratavam de outros assuntos e com acesso indisponível. Após a análise, foram descartados os artigos que apesar de estarem dentro do período proposto trabalhavam com assuntos de um período anterior a pandemia, assuntos que não iriam contribuir com o tema proposto e pesquisas que não estavam mais disponíveis na plataforma.
O Software Excel foi utilizado para a descrição dos dados quantitativos da pesquisa e na construção de tabelas. Para a coleta de dados dos artigos foram considerados os seguintes tópicos: título, autores, revista de publicação, metodologia de pesquisa, coleta de dados, amostra dos participantes e ano de publicação.
Foram selecionados 193 artigos, sendo 104 da BVS e 89 da CAPES. A partir da leitura dos títulos e resumos foram selecionados 49 estudos sendo, 36 da BVS e 13 da CAPES. Após
a leitura na íntegra, foram selecionados 42 trabalhos dos quais 31 foram obtidos na BVS e 11 na CAPES (Figura 1).
Fonte: Elaborado pela autora.
Após a análise dos 42 artigos selecionados, percebe-se uma semelhança entre algumas temáticas apresentadas. A Tabela 1 mostra uma breve apresentação dos artigos com descrição de autores, periódicos e a procedência. Entre os artigos selecionados, obtivemos 31 artigos na base de dados BVS e 11 na CAPES onde nota-se que algumas revistas publicaram mais de um artigo sobre o tema, sendo: Revista Brasileira de Educação Médica - 11 publicações; Escola Anna Nery Revista de Enfermagem - 2; Revista da Escola de Enfermagem da USP – 2, e Saúde e Sociedade - 2.
Autor(es) | Periódico | Procedência |
Jantara et al. (2022) | Revista Enfer. UERJ | BVS |
Araújo et al.(2022) | Rev. de Enfer. Referência | BVS |
Vivenzio et al.(2022) | Rev. de Psicologia | BVS |
Miotto et al.(2022) | Escola Anna Nery Rev. de Enfer. | BVS |
Ferreira et al.(2022a) | HU Revista | BVS |
Scorsolini-Comin et al.(2021) | Rev. Latino-Americana de Enfer. | BVS |
Dalpiaz et al.(2021) | Rev. Brazilian Journal of Psychotherapy | BVS |
Medeiros et al.(2020) | Rev. brasileira de Educação Médica | BVS |
Sunde et al.(2022) | Cadernos Ibero-Americanos de Direito Sanitário | BVS |
Messiano et al.(2021) | CuidArte, Enferm | BVS |
Gonçalves et al.(2021) | Psicologia, conhecimento e sociedade | BVS |
Torres et al.(2020) | Nursing | BVS |
Gundim et al.(2022) | Rev. Portuguesa de Enfer. de Saúde Mental | BVS |
Albuquerque et al.(2022) | Rev. da escola de Enfer. da USP | BVS |
Marquez et al.(2022) | Rev. Brasileira de Educação Médica | BVS |
Teixeira et al.(2021a) | Jornal Brasileiro de Psiquiatria | BVS |
Serra et al.(2021) | Rev. Brasileira de Educação Médica | BVS |
Rios et al.(2021a) | Rev. brasileira de Educação Médica | BVS |
Rocha et al.(2021) | Rev. brasileira de Educação Médica | BVS |
Souza Junior et al.(2021) | Saúde e sociedade | BVS |
Fagundes et al.(2022) | Cogitare Enfer. | BVS |
Meneghel (2022) | Saúde e sociedade | BVS |
Mota et al.(2021) | Ciência e saúde coletiva | BVS |
Visentini et al.(2021) | Rev. eletrônica de enfer. | BVS |
Ortolan & Sei. (2021) | Rev. Brasileira de Psicoterapia | BVS |
Junior (2021) | Repositório Institucional UNESP | BVS |
Portela et al.(2022) | Revista Mineira de enfer. | BVS |
Maia & Dias.(2020) | Estudos de Psicologia | BVS |
Santos et al.(2021) | Saúde em redes | BVS |
Lima et al.(2022) | Ciência, cuidado e Saúde | BVS |
Portugal et al.(2021) | Rev. Eletrônica saúde mental àlcool e drogas | BVS |
Souza et al.(2022) | Rev. Catarinence da Ciência Contábil | CAPES |
Barros et al.(2022) | CAPES | |
Anido et al.(2021) | CAPES | |
Baixinho & Ferreira(2021) | Escola Anna Nery | CAPES |
Gadagnoto et al.(2022) | Rev. da Escola de Enfer. da USP | CAPES |
Ferreira et al.( 2022) | Rev. Brasileira de Educação Médica | CAPES |
Silva et al.(2021) | Rev. Brasileira de Educação Médica | CAPES |
Liberal et al.( 2021) | Rev. Brasileira de Educação Médica | CAPES |
Rios et al.(2021) | Rev. Brasileira de educação Médica | CAPES |
Mendes et al.(2021) | Rev. Brasileira de Medicina do Esporte | CAPES |
Cardoso et al. (2022) | Rev. Brasileira de educação Médica | CAPES |
Fonte: Elaborado pela autora
De acordo com o que se apresenta na metodologia, as publicações foram selecionadas entre os anos de 2020 e 2022. Os maiores índices de publicações estavam no ano de 2021, sendo 21 artigos; e o menor índice em 2020 com 3 artigos (Figura 2).
25
20
15
10
5
0
2020
2021
2022
3
18
21
Fonte: Elaborado pela autora
Tudo indica que, apesar do ano de 2020 ter sido marcado pelo surgimento da pandemia da Covid-19 (DALPIAZ et al., 2021), ainda não havia muitos estudos relacionados à doença, o qual tornou-se necessário a realização de pesquisas sobre o impacto gerado pelo vírus na saúde da população e as possíveis formas de tratamento (BRASIL, 2020). Já em 2021, ano que sucede o surgimento da Covid, se concentra o maior número de publicações da pesquisa, pois já haviam estudos oficiais sobre o vírus e as primeiras vacinas estavam sendo fabricadas para assim, dar início à campanha de vacinação pelo mundo. No Brasil, em 17 janeiro de 2021 foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o uso emergencial das vacinas Sinovac do Instituto Butantan e AstraZeneca da Fiocruz, iniciando-se a vacinação no dia 18 de janeiro para grupos prioritários como idosos, gestantes, trabalhadores da área da saúde e pessoas com comorbidades (BRASIL, 2021).
Devido à medida proposta pela OMS de isolamento social, as atividades que antes eram em modo presencial foram transferidas para ambiente on-line, o qual possibilitou aos autores a aplicação de questionários virtuais (VAZQUEZ et al; 2022). Analisando as pesquisas, 23 autores utilizaram o questionário on-line como principal método de coleta de dados nas pesquisas, apenas 2 realizaram questionários de forma on-line e presencial, 12 fizeram o uso de outras metodologias para a coleta e 5 não especificaram (Figura 3).
25
20
15
10
5
5
0
Questionário online Quest. Online e
presencial
Outras Não especificado metodologias
2
12
23
Fonte: Elaborado pela autora.
De certa forma, a utilização do questionário on-line como principal meio de coleta de dados pelos autores pode ser explicada por, em tempo de pandemia, ter um alcance maior entre a população estudada em comparação com o questionário presencial, e possibilitar facilidade na análise dos dados coletados (ANDRES et al; 2020). Porém, esse método tem limitações como, por exemplo, não ser possível o esclarecimento de dúvidas do respondente perante alguma questão e excluir pessoas que não tem habilidades com ambientes virtuais (FALEIROS et al; 2016).
Com relação à metodologia de pesquisa utilizada, de modo geral, a maioria deles fizeram estudos transversais (39 artigos). Tem-se o destaque de um estudo que realizou ensaio clínico, e outro que comparou dois grupos, com coleta de dados em períodos distintos, sendo um estudo longitudinal. De acordo com a metodologia qualitativa apresenta-se 15 estudos; quantitativo 18; quali-quanti 4; e 5 autores não deixaram claro a metodologia que utilizaram na pesquisa (Figura 4).
20
18
16
14
12
10
15
18
8
6
4
2
4
5
0
Qualitativo
Quantitativo
Quali-quanti
Não especificado
Fonte: Elaborado pela autora.
O número de estudos transversais pode ser justificado por focar em um determinado período de tempo, no período da pandemia, com estudos dos efeitos provocados na saúde mental e rotina dos estudantes, analisando amostras e participantes, e identificando a ausência ou presença de alguns sintomas (HOCHMAN et al., 2005).
Com relação à amostra percebe-se mais em estudantes da área da saúde, como medicina (12) e enfermagem (7), apesar de haver estudos que abarcaram os cursos de psicologia, ciências contábeis, odontologia, direito, fisiologia, geologia, ciências biológicas, história e pós-graduandos totalizando 6 obras. O motivo pelo qual o autor estudou pós- graduandos pode se dar pelo fato de estarem sendo negligenciados no período de especialização (SCORSOLINI-COMIN et al; 2021). Houve em específico um estudo que trabalhou com o público adolescente e outros 17 que não especificaram.
O maior número de estudos serem de estudantes de medicina e enfermagem pode estar ligado a estarem na linha de frente do controle e tratamento da Covid-19, além dos desafios universitários que frequentemente enfrentam tais como, a cobrança de professores e sobrecarga de matérias do curso (TEIXEIRA et al., 2021a).
Diante de um cenário de pandemia, tornou-se necessário tomar medidas de proteção para evitar a proliferação da doença, e o isolamento social veio como consequência disso, privando as pessoas de contatos sociais umas com as outras e provocando mudanças na rotina. O ensino remoto foi uma estratégica criada pelas instituições a fim de promover educação à distância, mais isso ocasionou impacto negativo na saúde mental de estudantes universitários que se sentiram mais cansados e sobrecarregados com as atividades (GONÇALVES et al; 2021). Em estudo feito por Messiano et al. (2021) 59,8% de seus entrevistados relataram sobrecarga frequente com relação à modalidade de ensino. Encontrou-se um índice elevado de trancamento das disciplinas por muitos alunos enfrentarem dificuldades financeiras e não conseguirem conciliar o trabalho com os estudos (GUNDIM et al; 2022).
Além dos desafios no ambiente acadêmico, os estudantes tiveram que lidar com mudanças na rotina de vida, angústias e incertezas relacionadas ao futuro durante o período de pandemia, o que gerou impactos negativos na saúde mental de vários jovens (LIMA et al; 2022). Desse modo, entre os impactos negativos mais vivenciados pelos estudantes durante o período de confinamento está o medo de morrer, ser contaminado ou ficar com sequelas deixadas pela doença, de perder algum ente querido, a desesperança, o nervosismo, solidão, tristeza profunda e pensamentos suicidas (GUNDIM et al; 2022).
A solidão foi um aspecto muito vivenciado pelos universitários que ficaram sem contato com amigos. Segundo Jantara et al. (2022) que relacionou o isolamento social com a solidão, cerca de 72,8% dos entrevistados se sentiram mais sozinhos no durante o confinamento. Esse fato juntamente com eventos estressores foi favorável ao surgimento de sintomas psiquiátricos e doenças psicológicas como a depressão, ansiedade e estresse.
Dalpiaz et al. (2021) investigou os efeitos provocados pela pandemia na saúde mental dos universitários, com relação aos sintomas e doenças psiquiátricas mais encontrados, ele encontrou sentimento de raiva com 72,3% de prevalência entre os estudantes, sintomas somáticos com 65,3%, pensamentos repetitivos com 48,6%, problemas de sono com 57,9%, ansiedade com 89,5%, depressão com 77,9%, transtornos de personalidade com 61,5%, uso de substâncias psicoativas com 43,8% e pensamentos de autoextermínio com 29,1%. Ainda, segundo o autor, 54,9% dos seus entrevistados diziam estar insatisfeitos e desmotivados em desempenhar tarefas do dia a dia e 29,4% relatam estar insatisfeitos consigo mesmos.
Além disso, percebe-se uma alteração na qualidade de vida de muitos jovens, que adquiriram maus hábitos durante o confinamento e ficaram sujeitos aos vícios. O consumo das drogas ilícitas se intensificou, sendo associado ao estresse vivido e aos próprios sintomas psicopatológicos. Cerca de 43,8% dos estudantes afirmam ter feito o consumo de drogas e álcool durante o tempo em que ficaram isolados socialmente, e como justificativa, relataram ser uma forma de enfrentar os eventos estressores que estavam expostos (PORTELA et al; 2022; DALPIAZ et al; 2021).
O fator estresse foi associado também ao surgimento de herpes bucal em estudantes de odontologia na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), 9 alunos disseram ter apresentado herpes durante a pandemia, sendo 7 mulheres e 2 homens, o que demonstrou o sexo feminino como mais afetado pelos efeitos emocionais durante o período pandêmico (FERREIRA et al; 2022a). Em estudo feito por Miotto et al. (2022) que relacionou as dores crônicas com sintomas ansiosos e depressivos, em estudantes de enfermagem, constatou-se que as mulheres foram as mais afetadas pelas dores, com prevalência de 39,6%. O fato das mulheres serem as mais atingidas por sintomas psicológicos podem estar ligados a fatores psicossociais e genéticos (MIOTTO et al; 2022). Dessa forma, vê-se a importância de ampliar o acolhimento dos jovens universitários e principalmente da classe feminina.
Evidenciando os impactos negativos gerados pela pandemia da Covid-19 em estudantes universitários, as instituições de ensino elaboraram métodos online de acolhimento, e apoio aos alunos em um momento prejudicial para eles. Mas também temos estratégias criadas pelos próprios alunos para enfrentamento do isolamento na pandemia. Abaixo abordaremos algumas dessas estratégias criadas pelas instituições e pelos estudantes.
Os grupos terapêuticos online foram criados com intuito de disponibilizar um espaço no qual os estudantes poderiam ser ouvidos e compartilhar suas experiências. Foi uma experiência em que se trabalhou com musicoterapia, autoestima e exigências externas. Os alunos relataram como se sentiam com relação à pandemia, desafios nos estudos e as expectativas com relação ao futuro. Destacou-se a importância desse tipo de abordagem para o enfrentamento dos impactos gerados pela pandemia e a urgência de se ampliar ambientes
como esse para escuta e acolhimento para os acadêmicos (VIVENZIO et al; 2022).
Assim como os grupos terapêuticos on-line foram criados pelas instituições o programa de mentoria on-line de acolhimento a estudantes veteranos e calouros, também idealizado dentro das universidades, tinha como objetivo criar um espaço virtual de interação entre os mentores e mentorandos, fortalecendo vínculos e acolhimento aos alunos. Ao final de cada sessão os estudantes eram convidados a dar um feedback sobre os pontos negativos, positivos e sugestões de possíveis melhorias para o programa (RIOS et al; 2021a; SILVA et al; 2021; ROCHA et al; 2021). Segundo Serra et al. (2021) esse projeto não só teve impacto positivo na vida dos universitários, como também incentivou o aprofundamento nas pesquisas a cerca da eficácia da mentoria em plataforma digital.
Por fim, tem-se algumas estratégias encontradas pelos próprios estudantes, sendo nomeadas como estratégias de coping para diminuir os efeitos de situações estressantes (SCORSOLINI-COMIN et al; 2021). Em estudo feito por Gundim et al. (2022) cerca de 67,1% dos estudantes entrevistados em sua pesquisa utilizaram estratégias para redução do sofrimento psíquico. Segundo eles, as estratégias mais eficientes para promover uma boa saúde mental são as festas, boas noites de sono, drogas psicoativas, assistir filmes e séries, praticar alguma atividade física e musicoterapia. É importante destacar que deixar de ler ou assistir as notícias que causam angústia e são divulgadas na mídia são formas eficazes de promover a saúde mental.
Diante do cenário de pandemia e isolamento social, o presente trabalho estudou as principais consequências causadas pela pandemia da Covid-19 na saúde mental de estudantes do ensino superior. Foi possível identificar os efeitos negativos causados pelo isolamento na vida dos universitários, como a falta de contato social com amigos e familiares, a alteração da rotina de vida e a mudança das aulas presenciais para ambiente on-line, no qual gerou uma sobrecarga maior em relação às atividades acadêmicas. Esses fatores foram favoráveis ao adoecimento mental dos jovens, que sentiram-se mais ansiosos, preocupados, inseguros com relação ao futuro e solitários nesse período.
Contudo, vale destacar as estratégias de enfrentamento criadas pelas instituições de ensino como os programas de mentoria e grupos terapêuticos on-line que necessitam ser
aprimoradas, e estratégias criadas pelos próprios estudantes durante o isolamento para amenizar os efeitos negativos causados pela pandemia na rotina acadêmica e pessoal.
Entre as limitações para este estudo, salienta-se o curto prazo para a elaboração do trabalho; a utilização de apenas duas bases de dados; e de somente artigos nacionais. Nota-se que é um tema ainda pouco estudado e torna-se necessário aprofundar-se em estudos que trarão dados internacionais sobre os efeitos da pandemia na saúde psicológica dos universitários; e em pesquisas de campo que levantem as necessidades dos alunos no período de pós-pandemia, para a proposta de políticas públicas direcionadas aos estudantes.
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Declaração de Interesse Os autores declaram não haver nenhum conflito de interesse Financiamento Financiamento próprio | Colaboração entre autores O presente artigo foi escrito por F. L. B. sob orientação da professora M. M. G. L, projetado e concluído no Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Psicologia da Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga (FADIP). Ambos os autores cuidaram da parte dissertativa do artigo. |